No Senado, Zanin diz que não se subordinará ‘a quem quer que seja’

Indicado por Lula para o STF, o advogado destacou conhecer a distinção 'de advogado e de ministro'

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

O advogado Cristiano Zanin, indicado por Lula (PT) para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, disse na abertura de sua sabatina no Senado que não é subordinado “a quem quer que seja”, ao se referir ao fato de ter atuado como advogado do presidente da República.

“Repito sempre que procurei desempenhar minha função lutando com maestria e acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do direito: a Justiça”, disse Zanin. Ele afirmou, também, saber “da distinção dos papéis de advogado e de ministro do STF”.

Com histórico profissional ligado à advocacia, Zanin declarou que sua atuação seguiu “premissas análogas às de um juiz”, uma vez que é necessário se manter “em equilíbrio emocional e intelectual, mesmo nas horas de grandes desafios”. 

Zanin disse que em caso de aprovação para o STF, não irá “mudar de lado” ao deixar de ser advogado, pois o seu campo teria sido sempre “o da Constituição, das garantias, do amplo direito de defesa e do devido processo legal”.

Caso seja avalizado pela Comissão de Constituição de Justiça do Senado, o nome de Zanin será submetido ao plenário. Tradicionalmente, nomes indicados costumam ser aprovados pela Casa – a última vez que o colegiado rejeitou um nome foi em 1894.

Recentemente, porém, a indicação do ministro André Mendonça, feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu um número elevado de votos contrários. O placar terminou em 47 x 32.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.