O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) afirmou, após quebrar uma placa em uma exposição da Câmara em homenagem à Consciência Negra, que mortes de jovens negros por policiais podem ser explicadas pela maior presença de negros no tráfico de drogas.
“O tráfico absorve uma boa parte das pessoas que moram nas comunidades, e a maioria dessas pessoas é de origem negra. Portanto, o resultado disso é que, em confronto com policiais, as [pessoas] que estão no tráfico acabam sendo vitimadas. E aí, se a maioria é negra, o resultado só pode ser esse.”, argumentou Tadeu.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar negou as acusações de racismo e justificou dizendo que possui amigos negros. “De forma alguma. Eu nunca fui racista. Meus colegas de infância são uma maioria da raça negra, meus amigos são da raça negra e eu sinto bastante orgulho de ter essas pessoas próximas a mim”, disse.
Policiais não são assassinos. Policiais são guardiões da sociedade, sinto orgulho de ter 600 mil profissionais trabalhando pela segurança de 240 milhões de brasileiros. #policiavcpodeconfiar pic.twitter.com/CFVLgUkeeU
— Coronel Tadeu (@CoronelTadeu) November 19, 2019
Ele declarou ainda que não teme ser punido no Conselho de Ética e, após ser acusado de racismo pela oposição, disse que não se enxerga dessa forma.
“Claro que eles [a oposição] faz o jogo deles e eles vão me acusar de racista, fascista, tudo que é “ista”. Eu não preciso estar bem com eles, eu preciso estar bem com minha consciência. Eu durmo tranquilo”, afirmou.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login