Nas redes, Bolsonaro acusa Dallagnol de ‘perseguição’ a sua família

O presidente baseou-se em matéria escrita por esposa de Oswaldo Eustáquio, blogueiro extremista que cumpre prisão domiciliar

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nas redes sociais, nesta sexta-feira 26, que ele e sua família foram “perseguidos” pelo Ministério Público e pelo procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da Operação Lava Jato em Curitiba.

As evidências estariam presentes em “vários diálogos”, segundo o presidente, publicados em uma matéria de Sandra Terena, esposa do blogueiro extremista Oswaldo Eustáquio. Há apenas dois trechos na matéria, supostamente provenientes do mesmo pacote vazado de mensagens hackeadas de autoridades, obtidas pela Operação Spoofing. Terena afirma que Eustáquio teria tido “acesso” aos diálogos em novembro de 2020.

O blogueiro cumpre pena domiciliar no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. Por sua vez, Sandra Terena já atuou no ministério de Damares Alves como secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

A foto da reportagem traz o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), que nesta semana conseguiu uma vitória frente ao Superior Tribunal de Justiça. O órgão declarou como ilegais as quebras de sigilo bancário do parlamentar, que compunham parte das provas da investigação por rachadinha em seu antigo gabinete de deputado estadual.

Questionado sobre o caso de Flávio, o presidente encerrou uma coletiva de imprensa abruptamente nesta semana.

“Dellagnol [sic] querer dizer ser brincadeira tais diálogos, demonstra querer fugir de sua responsabilidade. Os diálogos do vazamento da família ocorreu em 2019, onde Bolsonaro já era Presidente da República. Isso é crime!”, escreveu o presidente.


 

 

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