O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar as recomendações feitas pelo seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e alfinetou o chefe da pasta que está se destacando pelo trabalho feito durante a pandemia do coronavírus. Nesta terça-feira 31, ao ser questionado sobre a defesa do ministro da quarentena horizontal, o capitão reafirmou que quem decide sobre isso é ele.
“Eu não vou acreditar no que está escrito, eu preciso ver se ele falou isso ai mesmo, mas não vamos esquecer que o presidente sou eu”, respondeu Boslonaro na saída do Palácio da Alvorada.
Mandetta afirmou nesta segunda-feira 30 que o país enfrentará a epidemia de coronavírus a partir da ciência e da técnica. “É hora de termos racionalidade e não se mover impulso”, afirmou em coletiva neste sábado 28, momento em que atualizou os casos de coronavírus no País. Segundo a pasta, são 114 óbitos e 3904 casos confirmados.
O discurso do ministro rebate o do presidente Bolsonaro, que questionou a quarentena e incentivou que as pessoas retomem suas vidas normalmente. O chefe da pasta declarou que não existe uma estratégia única como o isolamento vertical ou horizontal. “Há o grau de retenção que a sociedade vai precisar”, garantiu.
O ministro também usou a coletiva para criticar as carreatas de apoio pelo fim da quarentena. “Não é o momento”, voltando a reafirmar a necessidade das pessoas que podem ficarem em casa. Essas manifestações foram apoiadas pelo presidente Bolsonaro, que chegou a compartilhar em suas redes imagens da carreatas, mas que foram apagadas logo em seguida.
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