Saúde

Mandetta vai contra Bolsonaro e fala em uso da ciência para enfrentar coronavírus

Ministro da saúde reforçou a importância do isolamento social como forma de desafogar os atendimentos em hospitais, liberando leitos de UTI

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o País enfrentará a epidemia de coronavírus a partir da ciência e da técnica. “É hora de termos racionalidade e não se mover impulso”, afirmou em coletiva neste sábado 28, momento em que atualizou os casos de coronavírus no País. Segundo a pasta, são 114 óbitos e 3904 casos confirmados.

O discurso do ministro rebate o do presidente Bolsonaro, que questionou a quarentena e incentivou que as pessoas retomem suas vidas normalmente.

Mandetta reforçou a importância do isolamento social como forma de desafogar os atendimentos em hospitais, liberando leitos de UTI.

Declarou que não existe uma estratégia única como o isolamento vertical ou horizontal. “Há o grau de retenção que a sociedade vai precisar”, garantiu.

O ministro ainda reconheceu que o lockdown pode ser necessário em alguma cidade, mas advertiu que não há a recomendação de que tudo pare, ao mesmo tempo.

 

O ministro pediu a governadores e prefeitos que não tomem ações desarticuladas, mas que priorizem uma articulação nacional. “Se cada um olhar para o próprio umbigo, vai ficar difícil. Podemos todos chorar mais adiante”, declarou.

Também usou a coletiva para criticar as carreatas de apoio pelo fim da quarentena. “Não é o momento”, voltando a reafirmar a necessidade das pessoas que podem ficarem em casa.

Ainda em seu discurso, o ministro rebateu a tese de que a Covid-19 pode ser comparada com a gripe H1N1. “É totalmente diferente. Quem raciocinar pensando nesta [epidemia, da gripe H1NI], vai errar feio. O coronavírus causou não uma letalidade para o indivíduo, não é esse nosso problema. A conta é: esse vírus ataca o sistema de saúde e ataca o sistema da sociedade como um todo. Ele ataca a logística, a educação, a economia, ataca uma série de estruturas no mundo”, disse.

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