Política

“Não sou e nunca fui bolsonarista”, diz Janaína Paschoal a eleitores

Não é a primeira vez que a deputada entra em pré-de-guerra contra eleitores radicais de Bolsonaro

(Foto: Marco Antonio Cardelino/Alesp)
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A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL) publicou, nesta segunda-feira 17, um texto que desagradou a base bolsonarista que a escolheu para o cargo. “Quem me acusa de caronista e, por conseguinte, traidora, ou não tem memória, ou tem problema de cognição. […] Não sou e nunca fui bolsonarista.”, escreveu.

Entusiasta de pautas mais conservadoras na moral – a deputada foi uma apoiadora da política de abstinência sexual proposta por Damares, que sofreu alterações substanciais após ser criticada por especialistas, e trava uma luta contra o direito de pessoas transsexuais competirem em times esportivos  -, não é a primeira vez que Janaína critica a base mais radical do presidente que apoiou.

No plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Janaína já discutiu com o líder da bancada do PSL, o deputado Gil Diniz, e chamou-o de “pau mandado do PT”. Em outra ocasião, ela criticou os parlamentares de seu partido por convocarem manifestações pró-governo: “Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico! Reflitam!”.

Para ela, no entanto, o recado estava dado: “Na convenção do PSL, eu disse, olhando nos olhos do então candidato à Presidência, ser fiel ao Brasil e não a ele pessoalmente. Disse que o apoiaria, em razão de, naquele momento, ele ser o único com condições de vencer o PT.”, diz a deputada.

Argumentando contra bolsonaristas que a atacam por não aceitar todas as ações do presidente da República, a deputada ainda ironiza, diz que falta inteligência para os eleitores e que são os petistas quem são “um baile”:

“Se os bolsonaristas fossem inteligentes, não atacariam quem apoiou e apoia o Presidente deles. Nesse ponto, os petistas, por mais cegos que sejam, dão um baile nesse pessoal. Boa semana, Amados!”, conclui Paschoal.

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