Política
Não sonhamos com ruptura, mas devemos lealdade ao povo, diz Bolsonaro
O presidente usou live nas redes sociais para convocar seus militantes para o 7 de Setembro e atacar, mais uma vez, o sistema eleitoral
O presidente Jair Bolsonaro usou a transmissão ao vivo desta quinta-feira 26 para convocar os seus eleitores para os atos a seu favor em 7 de setembro. O chefe do Palácio do Planalto ironizou a repercussão negativa de manifestações do governo que sugere uma ruptura institucional.
“Não trabalhamos, nem sonhamos com ruptura”, disse Bolsonaro. “Agora, por outro lado, nós devemos lealdade ao povo brasileiro.”
O presidente informou que estará presente no ato em Brasília, durante a manhã, e em São Paulo, à tarde. Também mandou um recado aos policiais militares responsáveis pela segurança no dia: “Vocês são fantásticos”.
Bolsonaro declarou que os atos “não têm nada de violentos” e serão “pacíficos e ordeiros”, com bandeiras como a liberdade, a democracia e a garantia de dispositivos da Constituição.
“É um movimento espontâneo da população”, afirmou.
Aproveitou para criticar os protestos da oposição e disse que nenhum participante dos atos bolsonaristas “vai invadir, depredar e queimar”. Também voltou a acusar o sistema eleitoral brasileiro de fraude, sem apresentar provas.
“Não podemos ter eleições sob suspeição. Vocês estão acompanhando, por exemplo, a viagem do Lula para o Nordeste. Eu acho que o evento que mais juntou gente não tinha mais que 20 pessoas esperando ele. Não é possível o Datafolha dizer que ele teria 60% no 2º turno”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro chamou ainda de “perseguição implacável” a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de obrigar o YouTube a desmonetizar canais bolsonaristas.
“O que estamos pedindo? Transparência, paz, tranquilidade”, afirmou. “É o direito ao trabalho, à crença religiosa, à liberdade de expressão. Não pode. Duas pessoas, no máximo, estão impondo uma ditadura no Brasil.”
O presidente chegou a debochar do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, que disse à revista Veja que o Planalto mandou a Força Aérea Brasileira sobrevoar o Supremo Tribunal Federal para quebrar as vidraças do prédio.
“Jungmann é um ex-ministro da Defesa sem qualquer qualificação, não sabia nada. É o famoso arroz de festa. Quer ser ministro da Defesa para dizer ‘sou ministro'”, ironizou. “O comandante do Exército não tem nada a ver com os caças Gripen”, acrescentou, em referência aos aviões que seriam utilizados no sobrevoo.
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