Política

‘Não basta votar no Lula. Se a gente não tiver maioria no Congresso, ficará fragilizado’, diz o ex-presidente

Em evento do PCdoB no Rio, o ex-presidente defendeu ‘fazer com que a Petrobras volte a ser do povo brasileiro’

Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula afirmou neste sábado 26 que, nas eleições de outubro, não basta votar no PT para a Presidência da República. É necessário, frisou, olhar com atenção para o pleito que renovará o Congresso Nacional. O petista participou do Festival Vermelho – Florescer a Esperança, em Niterói (RJ), uma comemoração pelo centenário do Partido Comunista do Brasil.

Lula fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, a quem se referiu como “um fascista que não só não fez nada para o povo, como destruiu as instituições e os programas sociais que incluíram milhões de brasileiros no crescimento e no desenvolvimento”.

Em uma campanha que será “acirrada”, prosseguiu o ex-presidente, “não basta votar no Lula, é importante ter em conta o que está acontecendo no Brasil”. Ao criticar o orçamento secreto, instrumento ao qual o governo Bolsonaro recorreu para facilitar a aprovação de projetos e enterrar as chances de impeachment, Lula disse ser necessário “saber que, além de eleger o presidente, temos de eleger deputados e deputadas, senadores e senadoras”.

“Se a gente não construir maioria, vai ficar fragilizado. E você já ouviu o recado do [deputado] Ricardo Barros: qualquer presidente eleito tem de saber que comerá na mão da Câmara dos Deputados”.

Ao fazer menção indireta a possíveis eixos de um plano de governo, Lula defendeu “colocar o povo pobre no orçamento do Estado” e fazer com que a Petrobras “volte a ser do povo brasileiro”.

“Temos de ter coragem de não deixar privatizar os Correios, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal”, acrescentou. “Preparem-se: vamos abrasileirar o preço do combustível, do gás de cozinha e do óleo diesel.”

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