Política

Na Time, Lula atribui volta à Presidência à saudade que as pessoas têm do seu governo

Revista diz que petista é o presidente mais popular da história do Brasil e detalha a disputa contra Jair Bolsonaro na eleição deste ano

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) é o destaque da mais nova edição da revista norte-americana Times, que publicou um texto sobre a pré-candidatura do petista e o chamou de presidente mais popular do Brasil.

À publicação, Lula disse que sua volta ao tabuleiro se deu porque a política de seu governo de beneficiar os mais pobres foi destruída.

“Todas as políticas de inclusão social, o que nós fizemos para melhorar a qualidade das universidades, das escolas técnicas, melhorar a qualidade do salário, melhorar a qualidade do emprego, tudo isso foi destruído, desmontado”, disse o ex-presidente à revista.

“Porque as pessoas que começaram a ocupar o governo depois que deram o golpe na presidenta Dilma [Rousseff] eram pessoas que tinham o objetivo de destruir todas as conquistas que o povo brasileiro tinha obtido desde 1943”, acrescentou Lula.

Na conversa, o petista se diz o único pré-candidato ao mais alto cargo do País capaz de recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento.

“Só tem sentido eu estar candidato à Presidência da República porque eu acredito que eu sou capaz de fazer mais e fazer melhor do que eu já fiz”, declarou. “Há uma expectativa de que eu volte a presidir o País porque as pessoas têm boas lembranças do tempo em que eu fui presidente. As pessoas trabalhavam, as pessoas tinham aumento de salário, os reajustes salariais eram acima da inflação. Então eu penso que as pessoas têm saudades disso e as pessoas querem isso melhorado”.

Lula também comentou a invasão da Rússia à Ucrânia. Para o ex-presidente, é urgente a criação de uma nova governança mundial.

“A ONU de hoje não representa mais nada. A ONU de hoje não é levada a sério pelos governantes. Porque cada um toma decisão sem respeitar a ONU. O Putin invadiu a Ucrânia de forma unilateral, sem consultar a ONU”, disse. “Os Estados Unidos costumam invadir os países sem conversar com ninguém e sem respeitar o Conselho de Segurança. Então é preciso que a gente reconstrua a ONU, coloque mais países, envolva mais pessoas. Se a gente fizer isso, a gente começa a melhorar o mundo”.

O petista ainda criticou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a quem diz ser tão responsável pelo conflito quanto Vladimir Putin.

“Às vezes fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”, avaliou. “O comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo”.

Sobre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na eleição de outubro, Lula, ao comentar sobre racismo e violência policial disse que o ex-capitão “despertou o ódio e o preconceito”.

 

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