Mundo
Na ONU, embaixadora do Brasil discute com Jean Wyllys sobre Bolsonaro
Evento em Genebra sobre o populismo no mundo tinha como convidado o ex-deputado federal
A embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo e o ex-deputado federal Jean Wyllys bateram boca nesta sexta-feira 15 em evento na sede mundial da ONU, em Genebra. Foi durante um evento da ONU sobre populismo no mundo que tinha Wyllys como convidado.
O ex-deputado discursava sobre o aumento do autoritarismo e citou o atual governo de Jair Bolsonaro como exemplo. “Os novos autoritarismos são os velhos autoritarismos agora articulados com as características próprias da contemporaneidade. Novos autoritarismos, como o do Brasil, continuam elegendo inimigos internos da nação por meio da difamação e constituindo grupos para culpá-los pelos problemas econômicos”, disse.
Durante toda a semana, a organização realizou diversos eventos para discutir sobre a atual situação do Brasil, mas Maria Nazareth não compareceu em nenhum deles. O evento que tinha o ex-deputado como convidado foi o primeiro que a embaixadora compareceu e mesmo assim chegou atrasada.
Ela pediu para intervir no meio das falas dos demais membros do painel, mas a moderadora, num primeiro momento, a ignorou. Jean Wyllys continuou discursando. “Não pude assumir meu terceiro mandato para o qual fui democraticamente eleito por conta de ameaças de morte que vinha recebendo desde 2011 e, em especial, durante a campanha de 2018”, explicou. O ex-deputado está morando na Alemanha após decidir sair do Brasil por motivo de ameaças de morte.
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Ao perceber que o evento estava chegando ao fim, a embaixadora pediu a palavra e a moderadora a concedeu. “Bolsonaro não abandonou o Brasil, mesmo depois de ter levado uma tentativa real de tirar sua vida”, disse aos participantes.
Maria Nazareth já representou os governos Lula e Dilma na ONU e hoje fez referências negativas aos antigos chefes. “Não é um criminoso e seu governo não é uma organização criminosa”, disse sobre o atual presidente. Ao tentar defender Bolsonaro dizendo que ele não é machista, racista e misógino, a plateia caiu na risada.
Assim que Jean tentou respondê-la, a embaixadora decidiu abandonar a sala e não ouvir sua resposta. Veja esse momento no vídeo abaixo:
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Bolsonaro tem avisado aos embaixadores que se eles não o defenderem, serão trocados. Na semana passada, o presidente anunciou que trocará 15 embaixadores em postos-chave para melhorar sua imagem no exterior. Entre as razões para as trocas, pelo menos uma foi citada pelo próprio presidente na reunião: a insatisfação com a imagem dele que está sendo propagada fora do País.
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