Política

Na Avenida Paulista, manifestantes pedem a reeleição de Bolsonaro e o impeachment de ministro do STF

Com três quadras da Paulista ocupadas, manifestantes pró-Bolsonaro dizem ver ‘ditadura do STF’ e pedem impeachment de Alexandre de Morares e liberdade para Roberto Jefferson

Foto: Reprodução
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O ato de apoio a Jair Bolsonaro, realizado neste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, com a participação de lideranças evangélicas, dos ex-ministros Marcos Pontes e Ricardo Salles, teve a participação do presidente por meio de um vídeo. Bolsonaro ressaltou que a manifestação era pacífica e em “defesa da Constituição, da família e da liberdade”. E disse ser um chefe de um governo que “acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e deve lealdade a seu povo”.

— Eu irei onde vocês estiverem. Estarei sempre ao lado da população brasileira. Agradeço ao criador pela minha vida e a vocês por terem me ofertado essa missão de conduzir o destino do Brasil, porque o bem sempre vence o mal — disse.

Faltando meia hora para o início do evento, nas imediações do Museu de Arte de São Paulo (Masp), três quarteirões da avenida Paulista já estavam tomados pelos manifestantes.

Três carros de som visíveis desde o parque Trianon revezam discursos de apoiadores do presidente, entre eles deputados candidatos à reeleição e ex-congressistas. .

Entre cartazes e palavras de ordem proferidas, os pedidos mais repetidos eram os de liberdade para o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. Muitos cartazes, alguns inclusive em inglês, condenam o que acreditam ser a existência de “presos políticos” conservadores e de uma “ditadura do Judiciário”.

O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataque à democracia e incitação de violência contra juízes da Corte, e depois indultado por Bolsonaro, é aguardado e deverá subir ao palanque às 17h.

Filha de Roberto Jefferson, a ex-deputada Cristiane Brasil, cantou parte do hino nacional e anunciou a articulação de uma “apuração paralela” para as próximas eleições, alimentando o discurso de desconfiança em relação ao TSE e às urnas eletrônicas, temas comuns a vários pronunciamentos de apoiadores do presidente que tomaram o microfone no carro de som principal da manifestação, em frente ao MASP.

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