Política

Múcio não vê ‘envolvimento direto’ das Forças Armadas em ato golpista, mas promete ‘providências’

Na última quarta-feira 18, o presidente Lula defendeu a punição de militares ligados às ações de terrorismo no DF

Múcio não vê ‘envolvimento direto’ das Forças Armadas em ato golpista, mas promete ‘providências’
Múcio não vê ‘envolvimento direto’ das Forças Armadas em ato golpista, mas promete ‘providências’
Múcio, ex-TCU, ganha força para o Ministério da Defesa. Seria ele um Arlequim? - Imagem: Antonio Cruz/ABR
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta sexta-feira 20 que o governo adotará providências para punir militares envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A declaração aconteceu após a reunião entre os comandantes das Forças Armadas e o presidente Lula (PT). O assunto, de acordo com Múcio, não foi discutido no encontro, que também contou com a presença do presidente da Fiesp, Josué Gomes, e do economista Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

“Os militares estão cientes e concordam que vamos tomar as providências. Evidentemente, no calor da emoção, precisamos ter cuidado para que os julgamentos e acusações sejam justas para que as penas sejam justas. Mas tudo será providenciado no seu tempo”, afirmou.

“Não foi discutido [o ataque de 8 de janeiro]. Isso está com a Justiça. Estamos atrás e aguardando as comprovações para que as providências sejam, e serão.”

Ainda segundo o ministro, durante a reunião Lula pregou uma mensagem de confiança no trabalho das Forças.

“Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Agora, se algum elemento, individualmente, teve a sua participação, ele vai responder como cidadão.”

Na última quarta-feira 18, Lula defendeu, em entrevista à GloboNews, a punição de militares envolvidos nos atos de Brasília. O petista também declarou que mesmo com a “inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que [a invasão] poderia ter acontecido”.

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