Política

MST inicia nova fase de ocupações e protestos no Abril Vermelho

As ações dos sem-terra foram registradas em pelo menos sete estados e no Distrito Federal, com a ocupação de sedes do Incra

Monumento criado por Oscar Niemeyer em homenagem a Antonio Tavares e vítimas do latifúndio. Foto: Wellington Lenon MST-PR
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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra iniciou as ações do Abril Vermelho, mês em alusão ao Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, com ocupações em propriedades rurais e nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em pelo menos sete estados e no Distrito Federal.

As iniciativas começaram no último sábado 15, em Pernambuco. Os sem-terra ocuparam oito fazendas consideradas improdutivas pelo movimento na região metropolitana do Recife, na Zona da Mata e no Sertão. Uma das propriedades ocupadas pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Petrolina.

No início do mês, cerca de 250 manifestantes ocuparam terras do Engenho Cumbe, em Timbaúba, região norte do estado.

No Espírito Santo, militantes do MST iniciaram os atos do Abril Vermelho na madrugada desta segunda-feira 17. Cerca de 200 famílias ocuparam uma área no município de Aracruz, a quase 80 quilômetros da capital Vitória, com o argumento de que a propriedade teria sido grilada pela Suzano em 2018.

As ações dos sem-terra também foram registradas em Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e no Distrito federal com a invasão das sedes do Incra. Entre as principais reivindicações do MST está a retomada das políticas sociais no campo.

Na Bahia, manifestantes protestaram em frente à Assembleia Legislativa durante uma audiência pública para discutir a violência contra trabalhadores rurais. Deputados estaduais tentam instalar uma CPI para investigar supostos financiadores das ocupações.

As iniciativas do MST fazem referência aos 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que tropas da Polícia Militar do estado mataram 21 trabalhadores rurais.

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