Política

MP não dá como encerrada a investigação sobre o assassinato de Marcelo Arruda

Peça assinada pelo promotor Tiago Mendonça chega à Justiça um dia depois de a Polícia paranaense descartar motivação política no crime

O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto com dois tiros à queima roupa, enquanto comemorava seus 50 anos. Foto: Reprodução Facebook
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público do Paraná não considera finalizada a investigação sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho. O órgão solicitou à Justiça o resultado da perícia no celular do assassino, conforme documento revelado neste sábado 16 pela CNN Brasil.

A peça, assinada pelo promotor Tiago Lisboa Mendonça, chega à Justiça um dia depois de a Polícia Civil paranaense descartar motivação política no crime. Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado contra Arruda, por motivo torpe e por causar perigo comum.

O documento do MP diz que “aguarda-se, além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes”.

No fim da noite da sexta 15, a delegada Camila Cecconello, responsável pelo inquérito, afirmou que a perícia no celular pode apresentar fatos novos e mudar os rumos da investigação. Ela deu a declaração à GloboNews horas depois de receber críticas pelo fato de o relatório descartar motivação política.

CartaCapital, integrantes da Comissão Executiva Nacional do PT, como a deputada Maria do Rosário (RS) e Jilmar Tatto, adiantaram que o partido insistirá na federalização do caso, mesmo diante da resistência inicial da Procuradoria-Geral da República.

A conclusão do inquérito pela Polícia também revoltou a defesa da família de Arruda. “O relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo”, afirmaram, em nota, os advogados Daniel Godoy Junior, Paulo Henrique Zuchoski, Andrea Pacheco Godoy e Ian Martins Vargas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo