Política
Mourão se filia ao Republicanos e manifesta ‘apoio irrestrito’ à reeleição de Bolsonaro
O general se lançou para a disputa ao Senado pelo Rio Grande do Sul


O vice-presidente Hamilton Mourão oficializou, nesta quarta-feira 16, a sua filiação ao Republicanos, uma das legendas do Centrão. Antes, o general estava no PRTB.
Em solenidade, Mourão declarou “apoio irrestrito” à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Cheguei aqui como vice-presidente do presidente Jair Bolsonaro. E ele sabe perfeitamente que tem toda a minha lealdade e apoio irrestrito em seu projeto de reeleição”, declarou o militar.
Na sequência, disse considerar fundamental estar no rumo de “ser a maior e mais próspera democracia liberal ao sul do Equador”. Também citou o filósofo Aristóteles para condenar “aqueles que, desprezando a virtude, usarão todos os desenvolvimentos e vantagens da vida política e do poder político para a apreciação dos vícios mais degradantes“.
O general prosseguiu: “Sem a atenção à virtude, sem cuidados com a base moral de um regime, os homens mais selvagens em breve irão governar, e nós seremos transformados de animais políticos em bestas políticas”.
Ao fim do discurso, afirmou que o Republicanos “é a grande barreira capaz de impedir essa transformação”.
Apesar de demonstrar apoio a Bolsonaro, Mourão não será levado novamente à candidatura de vice-presidente e pretende disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul. Entre os nomes cotados para vice de Bolsonaro estão o do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Mais cedo, na Bahia, Bolsonaro também fez discurso de campanha e sugeriu que a sua disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria um luta do “bem contra o mal”. O ex-capitão tem cumprido uma agenda no Nordeste diante do bom desempenho do adversário na região.
Nesta quarta, duas pesquisas eleitorais – uma da Quaest, outra do PoderData – mostraram que Bolsonaro continua na segunda colocação.
Mulheres, católicos e nordestinos são os que mais reprovam o atual governo, enquanto homens, evangélicos e moradores do Norte são os principais apoiadores.
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