Política

Mourão é o novo alvo de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Depois de deflagrar uma ofensiva contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o deputado de extrema-direita mira o ex-vice-presidente

Mourão é o novo alvo de Eduardo Bolsonaro nos EUA
Mourão é o novo alvo de Eduardo Bolsonaro nos EUA
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Foto: Pedro França/Agência Senado
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que “trabalha” nos Estados Unidos para obter sanções do governo de Donald Trump contra o Brasil, criticou neste sábado 19 o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Depois de deflagrar uma ofensiva contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Eduardo publicou nas redes sociais uma foto de Mourão com Yan Wanming, embaixador da China no Brasil entre 2018 e 2022. A imagem é de fevereiro de 2022.

“Neste mesmo período eu tive o recorde de 2 declarações oficiais, com ameaças veladas, da embaixada da China contra mim, devido a opiniões que fiz nas redes sociais. Neste tempo o então vice-presidente Mourão nada fez”, escreveu o “zero três”. “Vai ver o errado sou eu e quem sabe de soberania é ele…”

Na última terça-feira 15, Mourão declarou que o processo no Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro é um problema do Brasil e que não aceita interferência dos Estados Unidos no caso.

A declaração ocorreu em uma audiência da Comissão de Relações Exteriores voltada a debater a tarifa de 50% anunciada por Trump sobre as importações de produtos brasileiros.

“Não aceito que o Trump venha meter o bedelho em um caso que é interno nosso”, disse o general da reserva. “Há uma injustiça sendo praticada contra o presidente Bolsonaro? Há uma injustiça sendo praticada, mas compete a nós brasileiros resolvermos isso.”

Ao anunciar o tarifaço, em 9 de julho, Trump espalhou desinformação sobre o processo contra Bolsonaro, alegando haver uma “caça às bruxas” e pedindo que o julgamento não aconteça. Na noite da última segunda-feira 14, a Procuradoria-Geral da República enviou ao STF suas alegações finais e reforçou a acusação de que o ex-presidente liderou uma organização criminosa voltada a concretizar a trama golpista.

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