Política

Moro e Dallagnol ‘ultrapassaram limites e vão pagar caro’, diz Valdemar Costa Neto

Líder do PL reiterou que não desistirá de ação que pede a cassação do senador

Antes, Neto ganhava um salário de R$ 28.758,30 como presidente do partido. Foto: Mateus Bonomi/Agif/AFP
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse, nesta segunda-feira 5, que o senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos) “ultrapassaram os limites da lei” e “vão pagar caro”.

A avaliação política do cacique do Centrão foi feita durante a inauguração do diretório do PL em São José dos Campos, no interior paulista. 

“Vai acontecer mais ou menos no futuro o que está acontecendo hoje com o pessoal do Paraná. Eles tinham motivo para atacar o Lula? Eles têm que fazer a parte deles. Só que eles ultrapassam os limites da lei. Ultrapassaram. Vão pagar caro”, disse Valdemar.

Na sequência, Valdemar tentou amenizar as declarações:

“Eu não quero que aconteça isso com eles [Moro e Dallagnol]. Não tenho nada contra eles. Mas vão pagar caro”, concordou. 

Em outro momento, na coletiva, o cacique do PL aponta que, mesmo havendo uma semelhança ideológica, não irá privilegiar os interesses da sua sigla em detrimento dos dois lavajatistas.

“Eu fico numa posição difícil, porque Dallagnol e Sergio Moro têm o apoio dos bolsonaristas. E você não sabe o pior: o suplente do Dallagnol é do PL. Não cassaram o mandato dele. Cassaram a inscrição”, disse.  

Quanto ao pedido de investigação protocolado contra Sergio Moro na Justiça Eleitoral, Valdemar deixou claro que não devem recuar:

“Eu não tenho nada contra o Moro, mas eu tenho que cumprir minha obrigação como presidente. Porque o segundo colocado no Paraná é do PL, e perdeu a eleição na casca. Era um deputado federal nosso, apoiado pelo Ratinho e pelo Bolsonaro. E querido. Aí o pessoal chega para mim e diz ‘Valdemar, você não vai fazer nada?’”, disse. 

Valdemar ainda aproveitou o evento para anunciar o nome do senador Marcos Pontes (PL) como preferido para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024. “Ele pode ser um forte candidato”, afirmou. 

A declaração vai de encontro com os movimentos que a sigla tem feito nos últimos meses, que demonstravam apoio ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). 

Independente do nome escolhido, parece certo de que o ex-ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL) não terá espaço na corrida. Ele havia se apresentado como escolhido do ex-capitão, mas não obteve apoio dentro do próprio partido. 

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