Política
Moro diz que não quer renunciar a sua pré-candidatura para ‘alguém que tem 1% ou 2% nas pesquisas’
Ex-ministro acredita que será o nome mais competitivo da terceira via em julho deste ano, mas não descarta abrir mão
O ex-ministro Sergio Moro reafirmou nesta segunda-feira que considera ser o nome mais competitivo para a candidatura presidencial da ‘terceira via’. Segundo ele, o cenário deve permanecer o mesmo até julho deste ano, quando o martelo deve ser batido sobre uma possível convergência entre partidos como MDB, União Brasil e PSDB. Moro falou sobre o assunto durante um almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
— Lá adiante, se as pesquisas apontarem um candidato mais competitivo do que eu, não tenho nenhum problema (em abrir mão da candidatura). Mas, hoje, vou te dizer que em julho ainda serei o candidato mais competitivo dessa terceira via. E aí eu gostaria de ver o movimento contrário. Porque ou é para valer e se quer uma terceira via no País ou é conversa fiada e se quer realmente Lula ou Bolsonaro — declarou Moro, no evento.
E acrescentou:
— Não posso renunciar minha candidatura para alguém que tem 1% ou 2% nas pesquisas, quando a gente tem lá 10%, 9%, 8% a depender das pesquisas. Não tenho essa vaidade, mas tenho o sonho de mudar o país.
Moro mencionou que teve um jantar ontem com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, com quem discutiu a possibilidade de candidatura única.
— Ontem estive com o presidente do União Brasil. Semana passada estive com a Simone Tebet (MDB). Tenho tido conversas com outros expoentes que podem construir essa proposta. Eu coloquei meu nome à disposição, mas nunca tive essa vaidade de ser presidente da República, a gente quer mudar o País para melhor — disse.
Nas redes sociais, Moro afirmou que ele e Bivar reforçaram a necessidade de “um único candidato do centro político democrático contra os extremos”. Disse, ainda, que o presidente do União seria “um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa” e o que os dois estarão juntos “de 2022 a 2026, pelo menos”.
De acordo com pessoas que acompanham as conversas, o assunto só deve avançar a partir de abril, depois do período da janela partidária.
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