Justiça

Moraes vê indícios de participação em ‘operações golpistas’ e mantém Anderson Torres preso

Preso desde janeiro, o ex-secretário de Segurança Pública do DF é investigado por envolvimento nos atos do 8 de Janeiro

Anderson Torres e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a negar um pedido para revogar a prisão de Anderson Torres. Preso desde janeiro, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal é investigado por envolvimento nos atos golpistas do 8 de Janeiro.

Este é o segundo habeas corpus rejeitado pelo magistrado.

Na decisão desta quinta-feira 20, Moraes justificou a necessidade da prisão com base em informações fornecidas à Procuradoria-Geral da República sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno das eleições.

Um relatório produzido pelo Ministério da Justiça aponta que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula era favorito, contra 571 no Sudeste.

Para Moraes, a investigação demonstrou a necessidade de manter o ex-ministro preso principalmente por conta de “depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios” da sua participação na elaboração de uma “minuta golpista” e de uma “operação golpista para tentar subverter a legítima participação popular” no segundo turno das eleições.

“Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva de Anderson Gustavo Torres, referendada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e já reanalisada e mantida por este Relator em 03/03/2023”, acrescentou.

Mais cedo, Moraes determinou que o ex-ministro de Bolsonaro preste novo depoimento à Polícia Federal sobre as blitze realizadas pela PR. A oitiva está prevista para a próxima segunda-feira 24.

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