Política

Moraes nega que eleitores tenham sido impedidos de votar após operações da PRF

De acordo com o magistrado, o  diretor-geral da corporação garantiu que nenhum veículo abordado voltou ao local de origem

Foto: TSE
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, afirmou neste domingo 30 que as operações da Polícia Rodoviária Federal não impediram qualquer eleitor de votar no segundo turno.

De acordo com o magistrado, o  diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, garantiu que nenhum veículo abordado por agentes da corporação voltou ao local de origem.

“As operações realizações foram, segundo o diretor, realizadas com base no código de trânsito brasileiro”, declarou Moraes em coletiva de imprensa no TSE. “Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores, mas nenhum caso impediu os eleitores de chegarem às seções eleitorais”

O ministro disse que cada caso será apurado, mas negou que haja a necessidade de se estender o horário da votação para além das 17 horas. O presidente do TSE afirmou ainda que, após reunião com Vasques, as operações da PRF foram interrompidas.

O TSE foi acionado pela campanha do ex-presidente Lula (PT), que denunciou o uso da PRF e da Polícia Federal por suposto beneficio à candidatura do atual presidente. Na peça, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) destaca a “instrumentalização” das corporações com o objetivo de “interferir no processo eleitoral”.

Moraes também cobrou explicações do diretor-geral da PRF após o prefeito de Cuité (PB), Charles Camaraense (Cidadania), relatar nas redes sociais uma operação na entrada da cidade.

“Não quero acreditar que isso é uma ação orquestrada para o povo não votar, mas está acontecendo neste exato momento: blitz da PRF aqui na entrada de Cuité, impedindo que algumas pessoas possam vir votar. Parece orquestrado? Parece, sim”, afirmou o prefeito na gravação. “PRF inibindo o povo de vir votar no nosso presidente Lula. É um absurdo o que está acontecendo.”

Com as acusações, a coligação de Lula (PT) pediu ao TSE a intimação do diretor-geral da PRF.

“A coligação recebeu diversas denúncias, principalmente no Nordeste, de que agentes da PRF estão realizando operações para evitar o trânsito de ônibus e, com isso, aumentar a abstenção de eleitores. A ação estipula multa pessoal de R$ 500 mil por hora de descumprimento da decisão judicial, sem prejuízo das responsabilidades administrativa e criminal”, argumentou a coligação lulista.

Mais cedo, o magistrado havia determinado que o diretor-geral da PRF interrompesse “imediatamente” operações da corporação sobre transporte público de eleitores. Pelas redes sociais, o agente chegou a pedir votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A PRF realizou ao menos 514 operações de fiscalização de veículos de transporte, de acordo com relatório de controle interno da corporação.

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