Justiça
Moraes manda ministro de Bolsonaro e governo do DF explicarem ações contra depredação em Brasília
Na segunda 12, bolsonaristas danificaram carros estacionados no entorno da sede da PF e incendiaram diversos ônibus
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu 48 horas para o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis Rocha (MDB), detalharem as medidas adotadas para enfrentar os atos de violência protagonizados por bolsonaristas na última segunda-feira 12, em Brasília.
A decisão de Moraes foi tomada no âmbito de um pedido apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar defendia, ainda, a inclusão da primeira-dama Michelle Bolsonaro no Inquérito dos Atos Antidemocráticos. A demanda, porém, foi rejeitada.
Na decisão, Moraes repudiou os atos golpistas realizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) desde o fim do segundo turno, “com violência e grave ameaça às pessoas (…), com o intuito de abolirem o Estado democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da ditadura”.
Na segunda 12, manifestantes bolsonaristas danificaram carros estacionados no entorno da sede da Polícia Federal em Brasília e incendiaram diversos ônibus. Eles também tentaram invadir o prédio da PF e atiraram paus e pedras na direção de agentes.
O grupo supostamente protestava contra a prisão de um indígena que participava de mobilizações golpistas na capital federal. Moraes determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, por condutas ilícitas em atos antidemocráticos. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
Na terça 13, o Judiciário decidiu manter Serere Xavante preso, durante audiência de custódia conduzida por um magistrado que atua no gabinete de Moraes.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Ainda há muita gente para prender e muita multa para aplicar, diz Moraes
Por CartaCapital
Militares aguardam ordem de Lula para dispersar atos golpistas, diz jornal
Por CartaCapital
Lira critica violência de bolsonaristas, mas afaga golpistas que acampam em Brasília
Por Getulio Xavier



