Política
Moraes libera salário mínimo mensal para delegado preso no Caso Marielle
A decisão atende ao pedido da defesa para desbloquear as contas do delegado, que recebe cerca de 25 mil reais líquidos mensais na Polícia Civil
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o desbloqueio de um salário mínimo mensal da remuneração do delegado Giniton Lages, suspeito de ter acobertado o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A decisão do ministro atende ao pedido da defesa do delegado para desbloquear contas bancárias e ativos financeiros, além de alterar as medidas cautelares.
Os advogados argumentam as contas de Lages deveriam ser liberadas para cobrir despesas essenciais ao sustento de sua família, incluindo o pagamento de taxas condominiais do apartamento onde moram e as mensalidades escolares dos seus dois filhos menores de idade.
O ex-titular da Delegacia de Homicídios do Rio recebe aproximadamente 25 mil reais líquidos mensais da Polícia Civil. No entanto, o ministro concedeu apenas parcialmente o pedido, liberando o valor correspondente a um salário mínimo mensal, atualmente fixado em 1.412 reais.
Quanto à alteração das medidas cautelares, Moraes entendeu que não há razões para modificá-las, nem mesmo provisoriamente, uma vez que os “requisitos fáticos” que justificaram sua imposição permanecem os mesmos.
Relembre o caso
Ex-titular da Delegacia de Homicídios do Rio, Giniton Lages, é investigado pela Polícia Federal por supostamente sabotar a investigação do homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e por ter alegadamente garantido a impunidade dos irmãos Brazão, apontados como mandantes do crime.
Rivaldo Barbosa, antecessor de Giniton Lages e também preso sob acusação de planejar o crime, nomeou Lages para o cargo um dia após o assassinato da vereadora. Suspeita-se que Lages, juntamente com o comissário de polícia Marco Antonio de Barros Pinto, tenha atuado deliberadamente para desviar o curso das investigações.
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