Política

Moraes libera salário mínimo mensal para delegado preso no Caso Marielle

A decisão atende ao pedido da defesa para desbloquear as contas do delegado, que recebe cerca de 25 mil reais líquidos mensais na Polícia Civil

Moraes libera salário mínimo mensal para delegado preso no Caso Marielle
Moraes libera salário mínimo mensal para delegado preso no Caso Marielle
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o desbloqueio de um salário mínimo mensal da remuneração do delegado Giniton Lages, suspeito de ter acobertado o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A decisão do ministro atende ao pedido da defesa do delegado para desbloquear contas bancárias e ativos financeiros, além de alterar as medidas cautelares.

Os advogados argumentam as contas de Lages deveriam ser liberadas para cobrir despesas essenciais ao sustento de sua família, incluindo o pagamento de taxas condominiais do apartamento onde moram e as mensalidades escolares dos seus dois filhos menores de idade.

O ex-titular da Delegacia de Homicídios do Rio recebe aproximadamente 25 mil reais líquidos mensais da Polícia Civil. No entanto, o ministro concedeu apenas parcialmente o pedido, liberando o valor correspondente a um salário mínimo mensal, atualmente fixado em 1.412 reais.

Quanto à alteração das medidas cautelares, Moraes entendeu que não há razões para modificá-las, nem mesmo provisoriamente, uma vez que os “requisitos fáticos” que justificaram sua imposição permanecem os mesmos.

Além de estar afastado de suas funções, Giniton está sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.

Relembre o caso

Ex-titular da Delegacia de Homicídios do Rio, Giniton Lages, é investigado pela Polícia Federal por supostamente sabotar a investigação do homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e por ter alegadamente garantido a impunidade dos irmãos Brazão, apontados como mandantes do crime.

Rivaldo Barbosa, antecessor de Giniton Lages e também preso sob acusação de planejar o crime, nomeou Lages para o cargo um dia após o assassinato da vereadora. Suspeita-se que Lages, juntamente com o comissário de polícia Marco Antonio de Barros Pinto, tenha atuado deliberadamente para desviar o curso das investigações.

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