Política

Moraes: Ato na USP reforça o orgulho da democracia e do sistema eleitoral

O magistrado, um dos alvos preferenciais do presidente Jair Bolsonaro (PL), estará à frente da Justiça Eleitoral durante o pleito de outubro

Fotos: Rosinei Coutinho/STF e Miguel Schincariol/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, exaltou o ato desta quinta-feira 11 na Faculdade de Direito da USP em defesa da democracia e do processo eleitoral.

Moraes, um dos alvos preferenciais do presidente Jair Bolsonaro (PL), estará à frente da Justiça Eleitoral durante o pleito de outubro.

Nesta quinta, um ato na faculdade marcou a leitura de uma carta assinada por quase 1 milhão de pessoas. O texto sai em defesa do Estado Democrático de Direito e do respeito às eleições, ante as ameaças golpistas do ex-capitão.

“No histórico dia 11/8, a Faculdade de Direito da USP foi palco de importantes atos em defesa do Estado de Direito e das Instituições, reforçando o orgulho na solidez e fortaleza da Democracia e em nosso sistema eleitoral, alicerces essenciais para o desenvolvimento do Brasil”, escreveu Moraes nas redes sociais.

O manifesto foi lido após uma série de discursos, realizados no salão nobre da faculdade, em que juristas, representantes de movimentos civis, sindicalistas e empresários reafirmaram a confiança no sistema eleitoral, a defesa da democracia e a oposição aos ataques contra as instituições.

O ato nas dependências formais da USP terminou com a leitura de outra carta, produzida pela Federação Nacional das Indústrias, com teor semelhante ao do documento principal do evento.

Já nas arcadas e no Largo de São Francisco, fora do palco, a cerimônia ganhou tons mais eleitorais. Entre os manifestantes circulavam faixas e bandeiras com alusões a Lula (PT) e críticas a Bolsonaro. No palco, o tom mais protocolar manteve-se na participação de Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito, que não citou nominalmente o presidente, mas rebateu a ação das Forças Armadas e os ataques ao TSE.

“[O Estado Democrático de Direito prevê] O controle pelas instituições daqueles que têm competência para fazer. No caso das eleições, é o nosso Tribunal Superior Eleitoral. O resto é gente sem competência jurídica e moral para se intrometer no processo eleitoral brasileiro”, disse Campilongo. “A única força que pode dizer algo a respeito do processo eleitoral brasileiro é a força do eleitor, do brasileiro e de ninguém mais.”

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