Monica Benicio aciona o TCM para investigar Carlos Bolsonaro no caso da ‘Abin paralela’

O órgão deve apurar se o vereador cometeu o ato de improbidade administrativa ao usar a estrutura da Câmara em esquema de espionagem ilegal

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Foto: Sergio Lima/AFP

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A vereadora Monica Benicio (PSOL-RJ) acionou o Tribunal de Contas do Município na quinta-feira 15, contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), para investigar se o parlamentar utilizou a Câmara do Rio para operar o esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Informações, conhecida como Abin paralela

O documento destaca que o objetivo é “apurar possíveis irregularidades cometidas contra o patrimônio público“. 

Isto porque, quando a operação da Polícia Federal foi deflagrada no dia 29 de janeiro, um dos mandados de busca e apreensão ocorreu no gabinete do vereador, onde foram apreendidos nove computadores. 

De acordo com a investigação, Carlos recebia da Abin informações sobre investigações em andamento na própria PF envolvendo integrantes da família Bolsonaro. Os dados seriam repassados pelo ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem.

“Diante disso, existe a possibilidade de que a estrutura do Gabinete, colocada à disposição dos vereadores, tenha sido utilizada no esquema de espionagem ilegal da ABIN”, diz o documento enviado ao TCU. “O que pode configurar a prática de ato doloso que importa em enriquecimento ilícito, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa“. 

Se confirmado o ato de improbidade administrativa, o vereador pode ter seus direitos políticos suspensos e o mandato cassado. 


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