Política

Ministro pede ‘esforço inadiável de redução do consumo’ para afastar risco de falta de energia

Bento Albuquerque cobrou diminuição no uso de equipamentos como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar

Ministro pede ‘esforço inadiável de redução do consumo’ para afastar risco de falta de energia
Ministro pede ‘esforço inadiável de redução do consumo’ para afastar risco de falta de energia
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Foto: Reprodução
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio nesta terça-feira 31 para reforçar a gravidade da crise hídrica que o Brasil enfrenta.

Segundo ele, “para aumentarmos a segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a administração pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão consumidor nas residências e nos setores do comércio, de serviços e da indústria participemos de um esforço inadiável de redução do consumo”.

Albuquerque afirmou que o período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado e, como consequência, os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste sofreram redução maior que a prevista.

“Estamos utilizando todos os recursos disponíveis e tomando medidas extraordinárias. Com pouca água nos reservatórios, tivemos que aumentar significativamente a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos”, prosseguiu. “Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, esta eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e importação de energia custará mais cara”.

O ministro ainda declarou que uma redução média de 12% no consumo residencial equivaleria “ao suprimento de nada menos que 8,6 milhões de domicílios”.

“Podemos conseguir até mais, eliminando todo o desperdício no consumo de energia, desligando luzes e aparelhos que não estão em uso, aproveitando mais a luz natural, reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia, como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar”, acrescentou. “Os consumidores que aderirem este chamado e economizarem energia serão recompensados e poderão ter redução nas suas contas de luz”.

Mais cedo, a Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou uma nova bandeira tarifária para as contas de luz de todo o País. A “bandeira tarifária escassez hídrica”, que deve entrar em vigor na quarta-feira 1, prevê acrescentar 14,20 reais a cada 100 kW/h consumidos. O novo valor representa uma alta de 49,63% em relação ao patamar estabelecido atualmente, o mais alto em vigor nos últimos meses.

Segundo comunicado da Aneel, a nova bandeira deve permanecer em vigor até o fim abril de 2022.

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