Política

Ministro critica imprensa por cobertura negativa da covid-19: “É caixão e corpo”

General Luiz Eduardo Ramos acusou veículos de comunicação de ignorarem fatos ‘positivos’ da crise

Ministro critica imprensa por cobertura negativa da covid-19: “É caixão e corpo”
Ministro critica imprensa por cobertura negativa da covid-19: “É caixão e corpo”
O general Luiz Eduardo Ramos. Foto: Anderson Riedel/PR
Apoie Siga-nos no

O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, criticou a imprensa pelo que chamou de “cobertura maciça dos fatos negativos” sobre a pandemia do novo coronavírus. Em coletiva nesta quarta-feira 22, o militar pediu que os veículos de comunicação abordem a crise de maneira positiva.

Segundo Ramos, a imprensa não deve esconder os problemas da proliferação da doença, mas erra ao se concentrar apenas na divulgação de “caixão e corpo” no noticiário.

“Com todo o respeito, no jornal da manhã é caixão, é corpo. No jornal do almoço, é caixão novamente, é corpo. No jornal da noite, é caixão e é corpo e o número de mortes. Como é que os senhores acham que uma senhora de idade, uma pessoa humilde ou uma pessoa que sofre de outra enfermidade, ela se sente com essa maciça divulgação dos fatos negativos? Não está ajudando”, reclamou o general.

 

Como solução, Ramos pediu que os jornais divulguem o número diário de recuperados da covid-19. O Ministério da Saúde só começou a informar este dado em 8 de abril. Segundo o último balanço, 25.318 pessoas se curaram da infecção, número que representa 55,3% do total de registros de contaminados. O Brasil tem 2.906 mortes e mais de 45 mil contágios, de acordo com a pasta.

O ministro também pediu que a imprensa reporte “o trabalho maravilhoso” dos profissionais de saúde, na linha de frente do combate ao coronavírus.

“Façam matérias de um médico, de pessoas que estão dando suas vidas pelas pessoas que estão com a doença. Eu não tenho visto isso muito na imprensa”, acusou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo