Política

Ministra da Saúde prioriza redução de filas, vacinação e retomada de programas

Nísia Trindade anunciou metas da pasta para os primeiros 100 dias de governo

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Créditos: EBC A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que doses de vacina da AstraZeneca estarão disponíveis em fevereiro. Créditos: EBC
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou que terá como prioridades nos primeiros 100 dias de gestão a redução de filas para diagnósticos e cirurgias, o início de uma campanha de vacinação, a retomada dos programas Farmácia Popular e Mais Médicos e a revogação de medidas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo ela, o Ministério da Saúde está dedicado à elaboração de um plano emergencial para a diminuição das filas de diagnósticos e cirurgias. Está marcada uma reunião para 26 de janeiro com secretários estaduais e municipais de Saúde para definir o plano. O encontro também servirá para recuperar a “boa relação” da pasta com esses gestores.

Trindade disse que a meta é iniciar uma campanha de vacinação em fevereiro, contra a Covid-19 e outras doenças contra as quais o Brasil tinha alta cobertura vacinal. O Ministério tem pressa para recuperar a imunização de crianças. Segundo a ministra, a previsão é de que 715 mil doses do Instituto Butantan cheguem na semana que vem. Há, ainda, contratos de 2 milhões de doses firmados com a instituição e com a Pfizer.

Já o programa Farmácia Popular, que oferecia medicamentos com preços acessíveis à população mais pobre, havia sofrido cortes bruscos no orçamento pelo governo de Jair Bolsonaro. A redução de verbas ocorre desde 2017. A manutenção do programa havia sido apontada como prioritária por Lula durante a campanha eleitoral.

Em relação ao Mais Médicos, a ministra disse que estuda métodos para incentivar profissionais brasileiros a participarem do programa. Com Bolsonaro, o Médicos pelo Brasil havia apresentado expressiva desistência por parte desses profissionais . O foco é interiorizar a presença de atendimento à saúde no País.

A ministra disse ter estabelecido um prazo de 15 dias para rever contratos da última gestão federal. Haverá revogações imediatas, como as notas técnicas em relação à recomendação de cloroquina para a Covid-19. Outras revogações dependem de articulações com os secretários de Saúde, para que não haja retirada de recursos.

“As medidas [a serem revogadas] são aquelas já anunciadas: medidas tomadas sem base científica, que não têm amparo legal como devem ter, que contrariem princípios do Sistema Único de Saúde. São essas medidas que nós estamos revogando”, declarou ela.

Trindade é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde. Antes de comandar a pasta, ela presidia a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. Segundo ela, por causa de relações políticas já estabelecidas quando comandava a instituição científica, tem sido possível realizar encontros com parlamentares governistas e oposicionistas. Além disso, a ministra afirmou que tem atuado para restabelecer vínculos do Ministério com sociedades científicas.

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