O publicitário Marcos Valério e seu ex-sócio, Rogério Tolentino, foram condenados nesta sexta-feira 14 por corrupção ativa e passiva, respectivamente. A pena prevista é de quatro anos e quatro meses, mas ainda cabem recursos. As informações são do Ministério Público Federal.
A sentença da 4ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte diz que o esquema consistia em uma “estrutura esquematizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de Governador do Estado de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMP&B Comunicação Ltda e seus sócios, dentre os quais se destaca o denunciado Marcos Valério, responsável pela distribuição de valores não contabilizados oficialmente para diversos facilitadores da campanha”.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Tolentino teria recebido 303,3 mil reais no exercício da função de juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Ele posteriormente, repassaria o dinheiro para favorecer Azeredo e Andrade. Na denúncia, o MPF também acusou os réus de lavagem de dinheiro, mas a juíza considerou que eles não seriam capazes de “dissimular a origem de recurso advindo da prática de crime contra a Administração Pública”. O processo foi desmembrado e as acusações contra Azeredo correm no Supremo Tribunal Federal.