O major José Eduardo Natale, flagrado em contato com golpistas que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro, declarou à Polícia Federal que deu água mineral aos criminosos para acalmá-los.
A informação foi publicada nesta terça-feira 25, no portal G1, com base no depoimento do militar à corporação, no domingo 23, junto a oito agentes do Gabinete de Segurança Institucional.
De acordo com o site, Natale disse à PF que solicitou que os invasores deixassem o prédio.
“Que os manifestantes questionaram de forma exaltada que local era aquele, ocasião na qual respondeu que se tratava de uma copa; que então os manifestantes exigiram que lhes dessem água; que o declarante entregou algumas garrafas de água com o intuito de acalmá-los e que não danificassem a copa e ainda solicitou que saíssem do local”, informa o registro da PF sobre o depoimento de Natale.
O major afirmou ainda que tirou o paletó e a arma antes de entrar no Palácio, com o objetivo de se “infiltrar” entre os manifestantes de extrema-direita, “conter danos” e “evitar o furto de sua arma”.
As investigações da Polícia Federal apuram se integrantes do GSI colaboraram com os invasores. Na segunda-feira 24, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou a acusá-los de “garçons dos terroristas”.
O registro em imagens do general Gonçalves Dias no local levou o militar a pedir demissão da chefia do GSI. Além disso, o governo passou a apoiar a instauração de uma CPI sobre os atos golpistas.
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