Política

Meu erro foi não arquivar a CPI do 8 de Janeiro, diz Pacheco a Soraya

O requerimento não obteve o número mínimo de assinaturas necessárias. O prazo estabelecido se encerrou na última sexta 17

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira 21 ter agido com “absoluta transparência” em relação ao requerimento apresentado pela senadora Soraya Thronicke (União-MS) para instalar uma CPI sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro.

O documento não obteve o número mínimo de assinaturas necessárias. O prazo estabelecido por Pacheco se encerrou na última sexta-feira 17.

A solicitação foi originalmente protocolada por Soraya em janeiro e conquistou mais que as 27 assinaturas exigidas. Com a posse da nova legislatura no início de fevereiro, porém, Pacheco determinou que os senadores ratificassem seu apoio à abertura da comissão. Ao final do prazo, apenas 15 apoiadores chancelaram a adesão ao requerimento.

Nesta terça, durante sessão no plenário, Pacheco afirmou que seu erro foi não ter arquivado o requerimento de instalação após a troca de legislatura, o que, segundo ele, demanda o regimento interno da Casa.

“Talvez o que tenha sido o equívoco desta Presidência foi, em razão da atipicidade dessa situação, da gravidade do 8 de Janeiro, de um requerimento feito no recesso parlamentar, com número de assinaturas suficientes, ter deixado de arquivá-lo”, disse o presidente do Senado a Soraya. “E, de fato, eu deixei de arquivar esse requerimento, como fiz com todos os outros requerimentos que estavam pendentes de apreciação, como sempre foi no Senado Federal.”

A resposta de Pacheco foi motivada por um questionamento de Soraya sobre a decisão de exigir uma ratificação das assinaturas depois da posse da nova legislatura.

Agora, se desejar insistir em sua tentativa de instalar a comissão, a senadora terá de buscar assinaturas para protocolar um novo requerimento.

O governo Lula é contrário à criação de uma CPI ou de uma CPMI para investigar os ataques de terrorismo promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes. Assim, partidos da base governista que haviam inicialmente assinado o requerimento retiraram o apoio à instalação.

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