Política

Mario Frias ataca Wagner Moura: ‘Sujeito patético’

Diretor de Marighella afirmou não ter respeito por nenhuma declaração que venha de membros do governo Bolsonaro

O secretário especial da Cultura, Mario Frias. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O secretário de Cultura, Mario Frias, usou as suas redes sociais, nesta terça-feira 2, para rebater a fala do ator e diretor Wagner Moura, no programa Roda Viva da TV Cultura, nesta segunda-feira. 

O diretor de Marighella disse que não comentaria uma frase dita pelo presidente da Fundação palmares, Sérgio Camargo, com ataques ao filmes, que estreia nesta quarta-feira 4.

“Eu não vou comentar. Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo, nem desse cara, aquele outro cara da Secretaria de Cultura. Não vou comentar porque não respeito. A gente precisa escolher os combates”, disse, ao ser instado a comentar a frase de Camargo.

O presidente da Fundação chamou Marighella de um filme racista, por “chamar  cada homem preto honrado do Brasil de marginal ao escalar um ator preto para o papel de um psicopata  comunista”. 

Pelo Twitter, o ex-ator de Malhação afirmou que a falta de respeito é mútua. “Somos dois então. Não sinto nada além de desprezo por esse sujeito patético que bate palma pra bandido!”, escreveu. 

https://twitter.com/mfriasoficial/status/1455575269616586760

O secretário de Cultura continuou criticando o ator, publicando fotos de Wagner Moura com os ex-presidentes Dilma e Lula. 

https://twitter.com/mfriasoficial/status/1455604086292758532

Outros aliados ao presidente Bolsonaro prestaram solidariedade à Mario Frias. 

“Terrorismo quem fez foi o personagem que este ator interpretou e ainda teve a desfaçatez de falar em “amor” para resumir a história de um homicida. E covardia é defender o socialismo e ir morar em um país capitalista”, escreveu a deputada federal Carla Zambelli.

“Também não temos respeito por você”, apoiou André Porciuncula, capitão da PM e braço-direito de Frias na secretaria de cultura, responsável pela aprovação de projetos culturais para receber financiamentos via Lei Rouanet. 

O filme do guerrilheiro Carlos Marighella, dirigido por Wagner Moura, chega aos cinemas na próxima quarta-feira, após ter sido ovacionado na estreia internacional, no festival de Berlim, em fevereiro de 2019. 

O lançamento no Brasil foi atrasado por problemas burocráticos com a Ancine, agência federal de fomento ao setor audiovisual, que inviabilizou a estreia em razão de outro filme que não havia sido lançado no prazo pela produtora O2. 

Moura chegou a dizer que se tratava de uma censura velada do governo Bolsonaro à obra. 

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