Cultura

Margareth Menezes rebate Bolsonaro sobre a Lei Rouanet: ‘Ele não gosta de cultura’

Nos Estados Unidos, o ex-presidente criticou as ações para fomentar a área

Foto: Reprodução
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A ministra da Cultura, Margareth Menezes rebateu nesta quarta-feira 8 os recentes ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Lei Rouanet.

Em café da manhã com jornalistas, ela foi questionada sobre a afirmação do ex-capitão, em 24 de janeiro, de que com o governo Lula “já começou a festa da Lei Rouanet“. 

“Não vou comentar, porque ele não gosta de cultura”, disse a ministra. “A cultura é um setor de mobilidade econômica, e é essa que é a visão do presidente Lula, graças a Deus.”

A declaração de Bolsonaro foi concedida a apoiadores em frente à casa onde ele está hospedado nos Estados Unidos.

“A Lei Rouanet já recomeçou a festa. Não posso falar nome aqui. Quando eu assumi, cada artista podia pegar até quanto por ano, alguém sabe aí? Cada artista? Artista importante, lógico. Até 10 milhões por ano. Eu passei para 1 milhão quando eu assumi, depois nós passamos para 100 mil. E 100 mil é muito dinheiro, pessoal”, alegou.

As críticas do ex-presidente à Lei Rouanet — criada para incentivar a cultura no País — são conhecidas há anos. Sob sua batuta, o aval da gestão para captação de recursos caiu 10% de 2020 para 2021O número de projetos aprovados também despencou: de 4.640 em 2020 para 2.636 em 2021, uma queda de 43%.

Assédio 

Nesta quarta, Margareth Menezes também comentou ter recebido depoimentos de funcionários da Cultura que teriam sido assediados nas gestões de Mário Frias, Roberto Alvim e Regina Duarte — sob Bolsonaro, eles comandaram a Secretaria Especial da Cultura.

“Você vê pessoas que vinham para cá trabalhar dando depoimento de assédio moral, de não poder usar máscara. Foram muitas coisas. Temos alguns depoimentos. Isso foi a coisa mais difícil, porque a cultura é uma coisa viva, o ser humano que faz acontecer.”

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