Política

Maranhão autua Bolsonaro por promover aglomeração e ignorar o uso de máscara

O presidente compartilhou nas redes sociais o desrespeito às medidas para conter a disseminação da Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro durante passagem por Senador La Rocque, no Maranhão, no dia 21 de maio de 2021. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O governo do Maranhão, sob o comando de Flávio Dino (PCdoB), autuou nesta sexta-feira 21 o presidente Jair Bolsonaro por desrespeito ao decreto estadual que institui medidas sanitárias em meio à pandemia do novo coronavírus.

O presidente terá 15 dias para apresentar sua defesa. Após esse período, será estabelecido o valor da multa a ser paga. A passagem de Bolsonaro pelo Maranhão foi marcada por aglomerações e ausência de máscara, item obrigatório no estado desde o início da crise sanitária.

No município de Senador La Rocque, ele cumprimentou apoiadores, inclusive idosos, e pegou uma criança no colo. Antes, em Açailândia, promoveu aglomeração de militantes durante entrega de títulos de propriedade rural.

O chefe do Executivo nacional chegou ao Maranhão na quinta-feira 20, após inaugurar uma ponte que liga os municípios de Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI). Nesta sexta, atacou Flávio Dino, a quem se referiu como “gordinho ditador”.

As atitudes de desrespeito às recomendações sanitárias estão documentadas. O próprio presidente publicou na internet registros do tumulto promovido por ele.

Diz o auto de infração contra Bolsonaro: “Descumprimento da obrigação de uso de máscara de proteção como medida farmacológica destinada a contribuir para a contenção e prevenção da covid-19, em locais de uso coletivo, ainda que privados; promover, em evento da Presidência da República, aglomerações com controle sanitário com mais de 100 pessoas, no endereço Rodovia BR-222, s/n, km 5, Sindicato dos Produtores Rurais, Bairro Parque das Nações, município Açailândia”.

O Maranhão vive um momento de preocupação com a possível disseminação da cepa indiana do coronavírus. Na quinta-feira 20, o governo local informou que a variante foi identificada em tripulantes de um navio que está ancorado no estado. O Maranhão monitora cerca de 100 pessoas que tiveram contato com pelo menos três pacientes que tiveram de deixar a embarcação para receber atendimento médico.

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