Manifesto/ O recado do PIB

Banqueiros e empresários reagem à escalada autoritária de Bolsonaro

Roberto Setúbal, Horácio Lafer Piva e Guilherme Leal unem-se ao jurista Bandeira de Mello na defesa da democracia - Imagem: Redes sociais, José Paulo Lacerda/CNI e Monika Fluckeriger/WEF

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“No Brasil atual, não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.” Esta é a conclusão de um manifesto em defesa da democracia gestado na Faculdade de Direito da USP e subscrito por influentes juristas, empresários e banqueiros. O texto não cita Jair Bolsonaro nominalmente, mas não há dúvidas em relação ao destinatário: “Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”.

Até a quarta 27, o documento contava com mais de 160 mil signatários, entre eles os banqueiros Pedro Moreira Salles e Roberto Setúbal, do Itaú, e José Olympio Pereira, ex-presidente do Credit Suisse no Brasil. Entre os representantes do empresariado, figuram ­Walter Schalka (Suzano), Eduardo Vassimon (Votorantim), Horácio Lafer Piva (Klabin), Fábio Barbosa, Pedro Passos e Guilherme Leal (Natura). Sob o comando de Josué Gomes, dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo aderiu ao manifesto, a ser lançado em 11 de agosto, em São Paulo. Logo depois, foi a vez da Federação Brasileira dos Bancos.

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