A maioria dos brasileiros entrevistados pela consultoria Quaest indica não concordar com a teoria de que bolsonaristas não têm liberdade de expressão garantida no Brasil. Ao todo, o grupo que faz essa afirmação soma 54%. Só 39% acreditam em cerceamento contra os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
Entre os eleitores de Lula (PT) os percentuais que indicam não acreditar na pouca liberdade de expressão de bolsonaristas é ainda maior. São, segundo o levantamento, 65%. Só 29% acham que os apoiadores do ex-capitão são cerceados. O percentual praticamente se inverte entre os eleitores do ex-presidente. Ao todo, 60% acreditam não terem liberdade de expressão garantida, contra 36% que discordam da colocação.
A pesquisa foi divulgada na manhã desta quarta-feira 15 e revela ainda o distanciamento da população com outras pautas caras ao bolsonarismo. A compra de armas de forma facilitada, por exemplo, é rechaçada por 75% da população. Só 23% concordam com a medida, que foi uma das principais do governo Bolsonaro.
A ampliação da fiscalização contra o desmatamento também é vista com bons olhos pela maioria esmagadora da população. Ao todo, 92% indicam concordância com a proposta. No governo anterior, o mote era reduzir a fiscalização da prática criminosa na região.
O levantamento desta quarta mostra ainda que 56% dos brasileiros concordam que a escola é o local adequado para se debater sexualidade com os adolescentes. 41% discordam da afirmação.
Há, porém, outras bandeiras caras ao bolsonarismo que encontram amparo na população. A legalização do aborto, por exemplo, é rechaçada por 72% dos entrevistados. Só 25% disseram concordar com a descriminalização da prática.
Beijo em público de gays e lésbicas também divide a população. De acordo com a Quaest, são 46% que dizem achar ruim ver casais homoafetivos se beijando na rua. Outros 48% dizem não ver problemas na ação.
A pesquisa contou com 2.016 entrevistas presenciais realizadas entre os dias 10 e 13 de fevereiro. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Leia abaixo a íntegra do levantamento:
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