Política
Maia critica plano de Guedes para conter crise: “Não tem quase nada”
O presidente da Câmara rebateu o ministro da Economia e disse que reformas não são partes da solução para a crise
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB/RJ), criticou o plano apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para conter a crise causada pelo novo coronavírus. Para o parlamentar, os projetos apresentados pelo governo tem pouca coisa que impacta a agenda de curto prazo ou quase nada. “Guedes não tinha uma coisa organizada ou não quis falar. Se olhar os projetos, tem pouca coisa que impacte a agenda de curto prazo ou quase nada”, disse.
O parlamentar também rebateu a fala do ministro, que trouxe a aprovação das reformas como solução para a crise. “O que incomoda e angustia é que a gente ainda não tem um plano de contingência para superar essa crise e os impactos na vida das pessoas na economia. A reforma administrativa não é parte dessa solução. Nos próximos 45 dias, nossa prioridade vai ser a agenda com o governo e o Supremo para superar essa crise”, afirmou.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara disse ainda que terá sido “medíocre” se Guedes pensou em transferir a responsabilidade para os deputados sobre a solução da crise ao ter cobrado a votação da agenda.
“Não posso acreditar que um homem de 70 anos, com a experiência dele, tenha mandado isso com essa intenção. A crise é tão grande que a gente não tem direito de imaginar que o ministro da Economia de uma das maiores economias do mundo possa ter pensado de forma tão medíocre”, disse.
Maia ressaltou, ainda, que o Congresso quer ajudar o governo, mas que precisam trabalhar com a organização do diagnóstico feita pelo executivo.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.