Política

Lula tenta quebrar resistência no agro e diz que o PT fez mais pelo setor do que ‘esse genocida’

Em Pernambuco, o petista reforçou as críticas a Bolsonaro: ‘Esse genocida não fez absolutamente nada’

O ex-presidente Lula em Pernambuco. Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT), líder das pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, utilizou parte de seu discurso em Recife, na noite desta quinta-feira 21, para se dirigir a setores do agronegócio que ainda manifestam alguma resistência a ele ou ao PT. Ao comparar seus governos com o de Jair Bolsonaro (PL), fez críticas ao ex-capitão.

Lula esteve acompanhado, entre outros, de seu pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); do pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PSB, Danilo Cabral; e da pré-candidata ao Senado pelo PT no estado, Teresa Leitão.

Durante sua viagem a Pernambuco, Lula tenta colocar um fim no impasse em torno de seu endosso para o governo estadual. Como parte do acordo nacional com o PSB, o ex-presidente apoia Cabral. Uma ala da militância petista, porém, defende uma aliança com Marília Arraes (Solidariedade), líder dos levantamentos de intenção de voto. No ato desta quinta, houve gritos de “Marília”, ao que outra parcela dos presentes respondeu com cantos de “Danilo”.

Lula não se manifestou sobre os gritos e, em seu pronunciamento, perguntou aos presentes quem conhecia “alguém do agronegócio”.

“Se alguém de vocês conhecer alguém do agronegócio, desses que estão comprando arma, que dizem que não gostam do PT, que dizem que não gostam dos sem-terra, pergunte a eles: quem fez mais bondade para o campo e o agronegócio? O PT ou esse genocida que está aí? Esse genocida não fez absolutamente nada.”

Lula acrescentou que “aquelas máquinas grandes que vocês veem na TV colhendo algodão, milho e soja eram, no nosso tempo, financiadas a 2% de juros e com três anos de carência”. Hoje, prosseguiu, “eles pagam 18% de juros e eu não sei qual é a carência”.

Na sequência, ele afirmou que “essa gente tem de explicar por que não gosta do PT e do Lula e por que ‘impeacharam’ a Dilma”. Também disse que “o problema deles não são os sem-terra”.

“Temos de dizer claramente: a gente não quer tirar nada de ninguém”, emendou Lula. “A gente não quer que o rico fique pobre, mas a gente também não quer ficar pobre.”

Aliança com Alckmin oficializada

Sem comparecer presencialmente ao evento protocolar realizado nesta quinta em São Paulo para oficializar o lançamento de sua chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin, Lula comentou a aliança durante um ato pela manhã, em Recife:

“Resolvi procurar o Alckmin porque precisava de um companheiro com qualidade e dimensão. E um cara que governou São Paulo tem qualidade e dimensão suficientes. Não fui pedir ele em casamento, fui estabelecer uma aliança com um segmento político que não era meu.”

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