Política

Lula tem 27 pontos de vantagem sobre Bolsonaro entre os beneficiários do Auxílio Brasil, mostra Quaest

Segundo o pesquisador Felipe Nunes, Efeitos da PEC Eleitoral com o aumento do Auxílio Brasil foram ‘nulos’ para Bolsonaro

Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) segue com larga vantagem entre os beneficiários do Auxílio Brasil mesmo após o pagamento das primeiras parcelas do benefício ampliado de 400 para 600 reais.

O cenário é exposto na nova rodada da pesquisa da consultoria Quaest, divulgada nesta quarta-feira 14. Nele, Lula tem 54% das intenções de voto entre aqueles que recebem o auxílio. São, segundo os dados, 27 pontos percentuais a mais do que Jair Bolsonaro (PL). A larga distância entre os dois políticos registrada nesta quarta-feira é 1 ponto maior do que a da semana anterior.

Os dados, segundo Felipe Nunes, cientista político responsável pelo levantamento, evidenciam o ‘efeito nulo’ da PEC Eleitoral para Bolsonaro. Na promulgação do texto, havia a expectativa por parte da campanha do ex-capitão e de seus aliados, que o incremento de 200 reais no Auxílio Brasil fosse capaz de ajudar o presidente a subir nas pesquisas de intenções de voto. Na prática, no entanto, isso não aconteceu.

“Vai ficando cada vez mais claro o impacto eleitoral nulo do Auxílio Brasil. A distância entre Lula e Bolsonaro entre quem recebe o Auxílio se mantém próximo dos 25 pontos”, destaca o pesquisador ao evidenciar a série histórica do monitoramento.

Ainda segundo os dados da pesquisa, Lula segue como o favorito entre os eleitores mais pobres, onde estão concentrados os eleitores com mais acesso aos benefícios da PEC Eleitoral. Nessa camada, Lula obteve 51% das intenções, ante 26% de Bolsonaro.

O ex-capitão, por sua vez, se recuperou entre os mais abastados. Ele agora é, numericamente, o favorito da classe média e dos brasileiros mais ricos. Entre aqueles que ganham de 2 a 5 salários mínimos, Bolsonaro tem 39% dos votos, ante 37% de Lula. Os volumes são considerados um empate técnico, neste caso.

Já entre os mais ricos, que ganham acima de 5 salários mínimos, Bolsonaro tem 43% das intenções de voto contra 35% de Lula. Vale dizer que o ex-presidente conseguiu saltar um pouco nesta camada. Ele tinha, segundo a série histórica da Quaest, 31% na semana passada. Bolsonaro se manteve estável neste período.

Para chegar aos resultados desta quarta-feira a Quaest ouviu presencialmente 2 mil eleitores brasileiros entre os dias 10 e 13 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral como BR-03420/22, foi contratada pela consultoria de investimentos Genial.

No cenário eleitoral geral, Lula tem 42% das intenções de voto e Bolsonaro 34%. Há ainda 7% para Ciro Gomes (PDT) e 4% para Simone Tebet (MDB). Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe D’avila (Novo) têm 1% cada.

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