Lula se reúne com Bernie Sanders horas antes de encontro com Biden nos EUA

Na pauta do diálogo entre os presidentes estarão temas como democracia e meio ambiente, com a sombra de Jair Bolsonaro (PL) como pano de fundo

Lula e Bernie Sanders, em Washington. Foto: Ricardo Stuckert

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O presidente Lula (PT) se reuniu na tarde desta sexta-feira 10 com o senador norte-americano Bernie Sanders, em Washington. O parlamentar é uma das principais referências da esquerda do Partido Democrata.

Ainda nesta tarde, o petista se encontra com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais e, mais tarde, com o presidente Joe Biden. A agenda entre os dois presidentes ocorrerá no Salão Oval da Casa Branca e, em seguida, no Cabinet Room.

“Com o senador Bernie Sanders, que tive o prazer de conhecer ao vivo hoje. Já tínhamos conversado em reunião por vídeo antes. Falamos sobre sobre democracia, movimento sindical e melhores direitos e empregos para trabalhadores”, afirmou Lula nas redes sociais ao compartilhar uma foto com o político norte-americano.

Na pauta do diálogo entre Lula e Biden estarão temas como democracia e meio ambiente, com a sombra do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como pano de fundo.

O encontro acontece pouco mais de um mês após o ataque de terroristas bolsonaristas às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em janeiro de 2021, os Estados Unidos sofreram uma ação semelhante, quando partidários de Donald Trump depredaram o Capitólio.

Bolsonaro teve uma relação próxima com Trump e fria com Biden. Assim, o democrata quer aproveitar a mudança de governo no Brasil para estreitar laços entre as duas grandes economias das Américas, começando pelo meio ambiente.


Funcionários do governo americano anteciparam que a crise climática será “uma prioridade absoluta” no encontro do Salão Oval. Washington pode anunciar o início da contribuição para o Fundo Amazônia, administrado pelo Brasil para a luta contra o desmatamento.

A guerra entre Rússia e Ucrânia também fará parte das discussões. Biden lidera as iniciativas ocidentais para apoiar Kiev, convencido de que é necessário fornecer ajuda diplomática, armas e treinamento militar. Já o Brasil, ao lado de países como Índia e África do Sul, reluta em enviar armas ao governo de Volodymyr Zelensky.

Lula afirma estar “preocupado” com o conflito, mas não quer participar direta ou indiretamente. Ele propõe a criação de um “grupo de países que sentem à mesa com Ucrânia e Rússia para tentar alcançar a paz”.

O petista também falará com Biden sobre comércio e investimento. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de negócios que chegou a 88,7 bilhões de dólares no ano passado.

(Com informações da AFP)

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