Política

Lula reforça apoio a Freixo e diz que derrotar Bolsonaro é ‘questão de honra do povo’

Um ato no Rio também lançou André Ceciliano (PT) ao Senado; resta, porém, o impasse com Alessandro Molon (PSB)

Ceciliano, Lula, Freixo e Alckmin na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Foto: MAURO PIMENTEL / AFP
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O ex-presidente Lula reafirmou na noite desta quinta-feira 7 o apoio dele e de seu partido, o PT, a Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. A declaração ocorreu em evento de pré-campanha do petista e do pessebista que lotou a Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Segundo Lula, o ato público de apoio a Freixo já deveria ter acontecido há muito tempo. Ele lamentou que a demora tenha gerado boatos de que repensaria a aliança.

“Estou há muito tempo querendo fazer um ato no Rio de Janeiro e o Freixo é a razão disso. Era preciso fazer um ato aqui para acabar com as dúvidas. Há muito ouvia rumores de que o Lula e o PT não estariam apoiando o Freixo”, destacou. “Mas aqui no Rio eu tenho candidato a governador, chamado Marcelo Freixo”, reforçou o ex-presidente, logo em seguida.

A agenda também lançou André Ceciliano (PT) como o pré-candidato ao Senado na composição. Neste caso, no entanto, ainda restam arestas a serem aparadas, já que Alessandro Molon (PSB) também pretende disputar a vaga. Além de uma ala do PSB, seu partido, ele conta com a simpatia do PSOL e da Rede para ser o candidato da ‘frente ampla’ no Rio.

Sem citar diretamente o impasse, Freixo cobrou ‘união’ e ‘diálogo’ para derrotar os candidatos bolsonaristas no estado.

“Nós precisamos de união e às vezes na esquerda tem um esbarrão. Mas qualquer diferença entre a gente é muito menor do que nossa responsabilidade, que é derrotar Bolsonaro e os candidatos bolsonaristas no Rio de Janeiro”, prosseguiu. “Que a gente consiga olhar no olho, falar a verdade e vencer a diferença.”

‘Questão de honra’

Para além das disputas regionais, Lula focou a maior parte do discurso na importância de o campo progressista vencer a disputa presidencial entre os eleitores do Rio. Segundo defendeu, é uma ‘questão de honra’ do povo brasileiro derrotar Jair Bolsonaro (PL), em especial, no seu reduto político.

“Derrotar esse cara é uma questão de honra do povo brasileiro. É questão de honra para quem luta por democracia e direitos humanos.”

Posição semelhante foi reverberada por Freixo, que ressaltou em seu discurso a importância de garantir a vitória de Lula sem a necessidade de um segundo turno.

“Nós vamos ganhar essa eleição no primeiro turno, primeiro porque você [Lula] merece e segundo porque a derrota de Bolsonaro tem de ser grande, para não dar respiro para uma tentativa de golpe, que ele não tem força pra fazer”, apontou o pré-candidato a governador.

Lula ainda reafirmou que sua volta ao cenário político não ocorre por ‘necessidade própria’, mas por ‘consciência política’ de que o Brasil precisa de um governante de esquerda para recuperar as perdas que teve com Bolsonaro.

“Eu não precisava voltar a ser presidente, mas tenho consciência de que o povo nunca precisou tanto de um partido como o nosso e nunca precisou tanto da esquerda como precisa agora”, afirmou o petista, que voltou a defender a importância da formação de uma maioria progressista no Congresso Nacional.

No pronunciamento, Lula repetiu as promessas de recriar o Ministério da Cultura, derrubar os vários sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro e reconstruir o modelo industrial brasileiro. Ele também tornou a dizer que um eventual retorno ao governo terá como foco os mais pobres, sem se dobrar a interesses do mercado e de setores da elite.

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