Política

Lula realiza primeira reunião ministerial de 2024; ajuste na comunicação de ações do governo está na pauta

Pesquisas recentes apontam uma baixa geral na popularidade do petista; aposta em mais ações de comunicação positiva visa reverter o cenário

Lula e ministros. Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá, nesta segunda-feira 18, com todos os seus ministros no Palácio do Planalto. A agenda foi convocada na semana passada.

Essa é a primeira reunião ministerial do ano. A pauta oficial não foi divulgada, sabe-se, no entanto, que o presidente deve cobrar de seus ministros uma melhora na comunicação das ações do governo federal.

Na avaliação do presidente, que circula nos bastidores, os ministros não têm conseguido comunicar à população os bons resultados da atual gestão. Isso, na visão do presidente, explicaria a queda da popularidade do governo, captada em pesquisas de opinião recentes.

Entre as estratégias de comunicação que serão propostas pelo presidente estão viagens pelo País, utilização mais frequente das redes sociais e a concessão de mais entrevistas para divulgar as ações positivas do governo de forma geral.

O presidente fez questão de que todos os ministros estivessem presentes no Planalto nesta segunda-feira.

Fernando Haddad inclusive cancelou a sua participação em um congresso sobre transição energética na Alemanha para estar presente do encontro.

Assim como em outros encontros, Lula deve ainda pedir ‘sintonia’ e ‘harmonia’ entre os integrantes da Esplanada. A ideia é que todos saibam do que está ocorrendo no governo e possam falar dos temas positivos, ainda que a ação não seja da sua pasta.

Popularidade do governo

Um levantamento feito pela Quaest, divulgado no último dia 6 de março, mostrou que a avaliação do trabalho do presidente recuou de 54% para 51% entre dezembro de 2023 e o fim de fevereiro deste ano.

Enquanto isso, a desaprovação avançou de 43% no último levantamento, para 46% agora. Essa foi a pior avaliação registrada pelo atual governo desde a posse.

Entre os grupos que puxam a avaliação para baixo estão os evangélicos, com 62% das desaprovações do governo do petista.

Para os pesquisadores, a comparação de Lula entre as ações desproporcionais de Israel contra a população Palestina com o Holocausto contribuiu para a piora do resultado entre os pentecostais.

Além dos evangélicos, outros grupos precisam ser melhor trabalhados pelo presidente, como os jovens e os eleitores de classes mais altas.

A queda na popularidade, vale dizer, não foi exclusiva da pesquisa Quaest. Um levantamento da AtlasIntel também captou o atual momento do governo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo