Política

Lula pede minuto de silêncio por desaparecidos no Amazonas e promete fim do garimpo ilegal

‘Terei todo o prazer de demarcar todas as terras que precisarem ser demarcadas’, declarou o pré-candidato à Presidência pelo PT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante discurso em Minas Gerais, ao lado do pré-candidato ao governo do estado, Alexandre Kalil (PSD). Foto: Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu um momento de silêncio em homenagem ao jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, durante discurso em Minas Gerais, nesta quarta-feira 15.

O petista estava em um evento ao lado do pré-candidato ao governo mineiro pelo PSD, Alexandre Kalil, e de representates de povos indígenas. Na ocasião, ele disse estar “triste” com a notícia de que dois irmãos – Amarildo e Oseney Oliveira – confessaram à Polícia Federal o envolvimento no assassinato de Phillips e Pereira, desaparecidos na região do Vale do Javari (AM) em 5 de junho.

“É muito triste porque esse país é muito grande. Esse país é muito civilizado, e esse país não pode passar a imagem para o exterior de que nós somos incivilizados, que nós matamos quem defende a Amazônia, que nós matamos quem defende os indígenas, que eles matam porque as pessoas defendem a luta contra a garimpagem na terra indígena”, declarou ele, diante da plateia de apoiadores.

Na sequência, Lula prometeu que, em um eventual governo, dará fim definitivo ao garimpo ilegal e que pretende dar aos povos indígenas condições de acesso a “coisas necessárias para a sobrevivência” em suas áreas.

“Se nós ganharmos essas eleições, eu quero assumir um compromisso de que não haverá, em hipótese alguma nesse país, garimpagem na terra indígena desse país“, afirmou. “Posso dizer para vocês que é um compromisso. Terei todo o prazer de demarcar todas as terras que precisarem ser demarcadas.”

Lula frisou que é preciso aguardar a confirmação da perícia de que os corpos encontrados pela Polícia Federal são, de fato do jornalista britânico e do indigenista brasileiro, mas disse que “foram brutalmente assassinados”.

Em coletiva que ocorria simultaneamente ao pronunciamento de Lula, a Polícia Federal declarou que é “possível” afirmar que eles estão mortos, mas que ainda segue nas buscas e que novas prisões podem ocorrer.

“Então, eu queria pedir aqui, quem sabe, um minuto de silêncio em homenagem tanto ao jornalista quanto ao indigenista Bruno, que foram brutalmente assassinados. Ainda não tem a perícia da Polícia Federal, mas já encontraram a roupa, já encontraram resto de corpo, e vamos aguardar que a perícia confirme isso para que as pessoas possam ter descanso”, declarou Lula.

Em momentos posteriores, Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por declarações de incentivo ao porte e à posse de armas e pela viagem aos Estados Unidos, em que teria pedido apoio eleitoral ao presidente Joe Biden.

O petista voltou a afirmar que o seu adversário teme ser “preso” e lembrou o caso da ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez, julgada como autora de um golpe no país em 2019.

“Ele morre de medo de ser preso, como foi a presidenta que deu o golpe no Evo Morales”, afirmou.

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