A campanha do ex-presidente Lula (PT) confirmou a realização de um encontro com evangélicos em um hotel em São Paulo, nesta quarta-feira 19, a partir das 10 horas da manhã.
A agenda é mais um passo do petista em direção aos religiosos.
Na segunda-feira 17, ele havia feito uma reunião com representantes da Igreja Católica. Segundo um aliado de Lula, o evento serviu para contrapor o tumulto bolsonarista nas festividades de Nossa Senhora de Aparecida, na semana passada. O escândalo também foi explorado num evento com Simone Tebet (MDB) com empresários.
Há uma expectativa de que Lula apresente uma “carta aos cristãos”. Uma versão havia sido escrita há pelo menos uma semana e passava por revisão, conforme CartaCapital havia antecipado. Lula resistia à alternativa, mas, segundo um relato do entorno do ex-presidente, ele acabou sendo convencido pelos aliados.
O objetivo é que Lula pregue a liberdade religiosa e a parceria com as igrejas, para reduzir a resistência nesse segmento contra a candidatura petista. A pesquisa Ipec de segunda-feira mostrou que Bolsonaro permanece na liderança entre os evangélicos.
Uma série de aliados de Lula defendiam publicamente a divulgação da carta, como a senadora Simone Tebet, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o ex-governador Flávio Dino (PSB) e o presidente da Alerj André Ceciliano (PT).
A concretização da carta aos cristãos deve tomar um rumo diferente do texto ao agronegócio, que apesar de ter versão pronta, ficou na geladeira. A campanha insistiu para convencer Lula, mas o ex-presidente considerou que seria abrir uma brecha para fazer cartas a diferentes setores.
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