O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que houve um “pacto” durante os ataques de 12 de dezembro de 2022, em Brasília, entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e as polícias.
A declaração ocorreu em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira 5.
Naqueles atos, manifestantes de extrema-direita queimaram veículos e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na data da diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral.
Lula afirmou ao jornal que a polícia acompanhava os atos “sem fazer nada”.
“Tinha havido aquela atuação canalha que envolveu, inclusive, gente de Brasília, quando tacaram fogo em ônibus, no dia em que fui diplomado. Eu estava no hotel assistindo a eles queimando ônibus, carros, e a polícia acompanhando sem fazer nada”, disse.
“Havia, na verdade, um pacto entre o ex-presidente da República, o governador de Brasília e a polícia, tanto a do Exército quanto a do DF. Isso havia. Inclusive, com policiais federais participando. Ou seja, aquilo não poderia acontecer se o Estado não quisesse que acontecesse”, declarou Lula, em gravação enviada ao jornal.
Sete integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal estão presos preventivamente sob denúncias da Procuradoria-Geral da República e investigações.
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