Mundo

Lula enviará assessor especial a reunião entre Venezuela e Guiana

Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente, viajará para São Vicente e Granadinas para se juntar ao encontro entre Nicolás Maduro e Irfaan Ali

O assessor especial da presidência, Celso Amorim. Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai enviar seu principal assessor em assuntos internacionais à reunião de mandatários de Venezuela e Guiana prevista para quinta-feira (14) no Caribe para abordar as tensões pela disputa territorial do Essequibo.

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, convidou o presidente Lula no sábado, a pedido do mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, e do líder da Guiana, Irfaan Ali.

No lugar de Lula, Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente, viajará ao país caribenho para se juntar ao encontro entre Maduro e Ali, confirmou à AFP a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República nesta segunda-feira (11).

A Secom não deu mais detalhes sobre a viagem de Amorim, nem explicou por que Lula não vai comparecer. A reunião em São Vicente e Granadinas é impulsionada pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Venezuela e Guiana disputam o território de Essequibo, uma região rica em petróleo, há mais de um século. Mas as tensões aumentaram desde que o governo Maduro realizou um polêmico referendo em 3 de dezembro, no qual 95% dos participantes votaram para declarar a Venezuela como legítima detentora da região, segundo os resultados oficiais.

Países da América do Sul, assim como Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, pediram distensão nos últimos dias e uma solução pacífica.

O Exército brasileiro anunciou na semana passada um reforço da presença militar em Roraima, que faz fronteira com os dois países.

Segundo especialistas, a Venezuela obrigatoriamente passaria por Roraima em caso de uma eventual incursão terrestre ao Essequibo.

“Não podemos permitir que um pais agrida a outro usando nosso território”, declarou nesta segunda-feira a jornalistas o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, sobre o motivo do reforço na fronteira.

“Mas a gente tem absoluta certeza que isso vai ser resolvido na melhor mesa de batalha que existe, uma mesa de negociação”, acrescentou.

No sábado, Lula falou por telefone com Maduro e pediu que o venezuelano não tomasse “medidas unilaterais” que intensificariam a disputa, e lhe transmitiu a “crescente preocupação” dos países sul-americanos pela situação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo