Política

Lula diz que relatório de rádios de Bolsonaro é ‘choro de quem sabe que vai perder’

Para o petista, a produção da suposta auditoria revela ‘incompetência’ e demonstra que o ex-capitão está ‘desestruturado psicologicamente’

Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) comentou na manhã desta quinta-feira 27 o relatório da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre supostas fraudes na exibição de propagandas de rádio. Para ele, a produção da suposta auditoria revela ‘incompetência’ e demonstra que o ex-capitão está ‘desestruturado psicologicamente’ por saber que irá perder a eleição.

“Isso [relatório] é uma coisa da incompetência da equipe dele. Do ponto de vista psicológico ele está um pouco desestruturado”, comentou Lula durante uma entrevista para à rádio Clube FM Brasil. “A campanha está chegando e ele finalmente percebe que pode perder estas eleições”.

Mais adiante, Lula afirmou que o relatório não passaria de ‘choro de perdedor’. “É o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições”, disse. “O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder”.

O pedido de investigação sobre as rádios, vale dizer, foi recusado na noite de quarta pelo TSE por falta de documentos suficientes para comprovar a suspeita levantada pelos autores. Alexandre de Moraes, ministro que decidiu contra a petição, ainda apontou a possibilidade da campanha do ex-capitão ser enquadrada em crime eleitoral por tentar tumultuar o pleito.

Bolsonaro prometeu ir até ‘às últimas consequências’ com seu pedido. “Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro das quatro linhas da Constituição para fazer valer o que as auditorias constataram”.

Apesar de ser classificado como uma auditoria, o relatório produzido pela campanha bolsonarista e encaminhado ao TSE é frágil e cercado de inconsistências. Não por acaso, foi recusado pela Corte. A metodologia usada, por exemplo, usa a transmissão das rádios pela internet, em que as inserções políticas não são mandatórias. Uma falha na transmissão de dados também pode acarretar em problemas técnicos na plataforma utilizada pela campanha do ex-capitão. Há ainda indícios de que o PL não tenha encaminhado as publicações corretamente para serem veiculadas.

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