Política
Lula diz que Bolsonaro está nervoso e que não vai apelar para baixaria nos debates
A postura do petista nesse tipo de confronto é discutida desde a primeira etapa da eleição


O ex-presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira 10 que, nos debates com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, não vai apelar para a baixaria. A postura do petista nesse tipo de confronto é discutida desde a primeira etapa da eleição.
“Eu vou debater da forma que tem que ser o debate, com duas pessoas apresentando propostas”, disse Lula em entrevista à rádio Tupi, do Rio de Janeiro. “Uma pessoa questionando a outra e fazendo uma comparação entre os dois governos para que o povo possa avaliar quem tem capacidade de governar o Brasil”.
Na conversa, o petista citou o comportamento de Bolsonaro que, atrás nas pesquisas, deve aumentar os ataques contra o ex-presidente.
“De vez em quando, vejo o presidente aparecer na televisão meio nervoso, boquirroto, ofendendo e xingando as pessoas”, afirmou. “Da minha parte, não haverá baixo nível e nem jogo rasteiro. Eu estarei falando com as pessoas do Brasil e não com o presidente”.
No primeiro debate desta eleição, na TV Bandeirantes, Lula não rebateu as acusações de corrupção no seu governo feitas pelo atual presidente. O petista focou em defender os legados sociais da sua gestão.
No confronto da TV Globo, o petista citou escândalos do governo Bolsonaro e enfrentou duramente Padre Kelmon, candidato do PTB.
No segundo turno, o primeiro encontro entre Lula e Bolsonaro se dará novamente na TV Bandeirantes, no domingo 16. O último será o da TV Globo no dia 28 de outubro, dois dias antes da eleição.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.