Economia

Lula deseja priorizar a diplomacia, mas vê canais com os EUA fechados

Em resposta ao tarifaço de Donald Trump, o Planalto mira conversa com os norte-americanos e não descarta retaliações econômicas

Lula deseja priorizar a diplomacia, mas vê canais com os EUA fechados
Lula deseja priorizar a diplomacia, mas vê canais com os EUA fechados
O presidente Lula (PT) e o chanceler Mauro Vieira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Depois da reunião de mais de quatro horas no Palácio da Alvorada no domingo 13, o presidente Lula (PT) determinou à sua equipe que priorize saídas diplomáticas para o tarifaço anunciado por Donald Trump. O que atrapalha, no entanto, é a percepção, cada vez mais consolidada no governo, de que os canais institucionais com os Estados Unidos estão praticamente fechados.

Desde que Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, tem procurado representantes da Casa Branca para discutir o assunto, sem sucesso. Não houve retorno oficial ou indicações claras de disposição para o diálogo. 

A avaliação no Itamaraty é que Trump politizou a relação com o Brasil. O Ministério das Relações Exteriores entende que o ambiente criado pelo magnata dificulta uma abordagem técnica ou baseada em precedentes multilaterais e afasta a possibilidade de negociações diretas de alto nível com Washington, ao menos no curto prazo.

Embora a ordem de Lula tenha sido para esgotar o caminho diplomático, há um entendimento crescente no governo de que será necessário sinalizar força, justamente com a aplicação da Lei da Reciprocidade. A criação do comitê liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) reforça essa possibilidade, mas interlocutores do Palácio do Planalto ainda esperam algum gesto norte-americano que evite o agravamento da crise.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo