Política

Lula defende Conselho de Segurança sem poder de veto e com membros de África e América Latina

Em discurso na cúpula da União Africana, presidente também defendeu a criação de um ‘Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas’

O presidente Lula durante discurso na cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Para ele, os conflitos mundiais escancaram uma “paralisia” do colegiado. 

A declaração ocorreu neste sábado 17, durante a 37ª Cúpula da União da Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.

“Há dois anos, a guerra na Ucrânia escancara a paralisia no Conselho”, afirmou. “Não haverá solução militar para esse conflito. É chegada a hora da política e da diplomacia”.

Ao mencionar também o conflito entre Israel e Hamas, Lula reforçou a necessidade de uma “ONU fortalecida, e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo, sem poder de veto e com membros permanentes da África e da América Latina”.

Atualmente, o Conselho é formado por 15 membros, mas somente cinco têm direito a poder de veto, são eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

“Precisamos mudar urgentemente a representação dos países em desenvolvimento nos fóruns multilaterais, nas instituições que foram criadas para que a gente pudesse tentar consertar o mundo depois do pós-guerra”, afirmou Lula. “Hoje, essas instituições não ajudam mais. Pelo contrário, sufocam os países”.

Em seguida, disse enxergar que a criação de um Estado palestino é a única solução para a guerra. “A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas”.

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