Política
Lula defende a geração de empregos formais: ‘Entregador não pode ser considerado empreendedor’
‘As pessoas trabalham sentindo o cheiro da comida, sem ter dinheiro para comprar o que eles entregam’, disse o ex-presidente


Em visita ao Amazonas, nesta quarta-feira 31, o ex-presidente Lula (PT) defendeu a geração de empregos formais no Brasil. O candidato discutia o empobrecimento da população e o aumento dos números de ocupados, resultado do crescimento dos trabalhos informais.
Entre as classes que simbolizam a população mais afetada neste cenário, o ex-presidente mencionou os entregadores. “As pessoas que trabalham com motocicleta, entregando comida, sentindo o cheiro da comida sem ter dinheiro pra comer, não podem ser considerados empreendedores”, afirma. “Tá mais para ser considerado quase um trabalho escravo.”
Nesse sentido, ele defendeu a regulação e a criação de leis que garantam ao autônomos os mesmos direitos trabalhistas de um profissional com carteira assinada. Além de promover a renegociação das dívidas das pequenas e médias empresas.
Acompanhado de Janja, sua esposa, também falou sobre políticas públicas para populações negras e indígenas e prometeu reduzir a zero os garimpos em terras originárias.
Também participaram da agenda os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM), candidato à reeleição e Eduardo Braga (MDB-AM), candidato ao governo estadual.
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